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sábado, 22 de outubro de 2016

Uma Família de Educadores

Para encerrarmos o ano nada melhor que conhecer os hobbies , gostos e o carinho pela família e cidade natal de Ronaldo Pileghi.
Tivemos a honra de entrevistar o professor de português do Colégio Stella Maris ,nascido em Atibaia e apaixonado por idiomas desde novo,Ronaldo recentemente veio morar em Santos em busca de novos desafios em sua vida.
Na entrevista ele nos conta sobre sua formação profissional e a influência de pertencer a uma família de educadores.

Ana Carolina Castro/Giuliano Russo: Como você começou sua carreira?
Ronaldo: Eu não imaginava que seria professor de português porque eu gostava muito de falar idiomas, sempre estudei idiomas desde pequeno, minha tia era professora de inglês e eu com sete anos já sabia falar algumas coisas em inglês então sabia que queria estudar idiomas.
O caminho que eu queria seguir era diplomacia e então prestei Relações
Internacionais, eu fazia na PUC e também fazia letras na USP para poder melhorar meus idiomas.
E com o tempo comecei a gostar mais de letras do que Relações Internacionais, nessa época meus pais se separaram e eu comecei a dar aula, neste momento comecei a perceber que dar aula era tradicional na minha família.

A/G: minha curiosidade é saber o motivo pelo qual te levou a escolher a profissão de professor de português, por que?
R: Eu descobri que na verdade toda minha família era composta de professores, e eu não tinha notado isso, tanto que tinha um avô que era professor de português na minha cidade em Atibaia.
Ele dava aula também de latim, e grego e minha tia era professora de inglês, já minha prima era professora de História, então várias pessoas da minha família já eram professores, o que foi normal para mim.

A/G: Sempre esperamos que nossos pais nos apoiem nas decisões, mas e seus pais? Eles te apoiaram?
R: Meus pais não se assustaram porque na verdade quando entrei na faculdade de letras eu escolhi fazer Latim e depois fiz Grego e meu tio já falava essas línguas e eu era só mais um na família que ia para os estudos clássicos.
Eles não sabem mas eu queria ser o Indiana Jones, queria ser arqueologo(risos)

A/G: Se você pudesse escolher outra profissão qual você escolheria ?
R: Eu gosto muito dessa carreira de Diplomata, gosto muito de Artes Cênicas e ultimamente venho me dedicando para carreira náutica por isso vim morar em Santos, eu já até tirei algumas categorias.

A/G: Todo mundo tem sua matéria favorita na escola no qual tem mais facilidade e interesse, mas e você? Português era sua matéria favorita?
R: Sim, eu sempre gostei de ler, e na verdade não só português mas de todas as matérias de humanas, junto com literatura que é minha matéria favorita.
Eu gostava muito de filosofia e depois história e isso eu acho que é importante para poder entender toda nossa sociedade.
Uma coisa completa a outra, não existe filosofia sem literatura, e nem literatura sem história, as matérias vão completando as outras para nós entendermos o que e porque estamos aqui, e o nosso papel na sociedade.
E se você não faz essas perguntas fica difícil de entender o nosso objetivo aqui na Terra.

A/G: Sabemos que o senhor possui várias salas que vão do fundamental 1,2 até o ensino médio mas qual você prefere?
R: Fundamental 1 eu nunca trabalhei, só trabalhei com fundamental 2 e o ensino médio e cursinho.

É difícil de dizer a minha preferência, por que são diferentes, no fundamental, você tem mais tempo na sala de aula, você pode desenvolver projetos mais criativos, você tem mais diversão no ensino.
No ensino médio, é mais curto, é mais rápido, é mais dinâmico, em compensação os estudantes eles são mais amadurecidos, então você tem temas mais interessantes para discutir no ensino médio.

A/G: Se você pudesse ser professor de outra matéria, qual você escolheria?
R: Eu escolheria filosofia, inclusive eu já trabalhei no Nossa Senhora do Morumbi dando aula de filosofia e sociologia.
Então são as matérias que eu gosto além de literatura e redação.

A/G: Você prefere dar aula em Santos ou São Paulo?
R: Em Santos, eu descobri outro estilo de vida, que era o que eu buscava já há muito tempo.
Uma qualidade de vida com mais tempo para cuidar da saúde, para ter amizade, para leitura, e para outras atividades que em São Paulo não dá tempo de realizar por conta do trânsito  e da correria.

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