A equipe que prepara os planos de governo do candidato Jair Bolsonaro (PSL) quer instituir cobrança de mensalidades em universidades federais para alunos de renda maior. Os recursos arrecadados formariam um fundo para ajudar no financiamento das vagas para estudantes com rendas menores. Embora o programa tenha aceitação maciça, a recomendação é falar pouco sobre o plano, pois poderia gerar polêmica e atrapalhar o desempenho do candidato no processo eleitoral.
Estudo da Andifes divulgado em 2016 mostra que dois em cada três estudantes de universidades federais são de classe D e E. Um trabalho feito com base em entrevistas de 2014 com graduandos, mostrava que 66,2% dos alunos vinham de famílias cuja renda não ultrapassava de 1,5 salário mínimo per capita. E a desigualdade até vem diminuindo com os anos, segundo Andifes.
A equipe de Bolsonaro também prevê mudança na escolha dos reitores das universidades. Com o calendários de mudança nas universidades federais, um estudo sobre "quem é quem" nas instituições de ensino tem servido de base para a equipe analisar as listas tríplices de escolhidos pelas comunidades acadêmicas. A escolha do reitor e do vice é feita pelo Presidente com base na relação dos mais votado. O candidato do PSL propõe que o primeiro nome da lista deixe de ser a escolha automática e que se aplique a a busca por por nomes com experiência em "administração".
Maria Fernanda Moncorvo
quarta-feira, 24 de outubro de 2018
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