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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Liberação da maconha no Canadá

   O Canadá efetivou na, última quarta-feira (dia 17), a legalização da maconha. Depois de um século de proibição, consumidores comemoraram a liberação do uso recreativo e formaram longas filas para comprar os produtos em diversas cidades do país. Nas províncias de Terra Nova e Labrador, dezenas de pessoas esperaram durante horas pela abertura de uma loja Tweed, marca da maior fabricante de maconha do mundo, a Canopy Growth.
   Em Quebec, a estatal Sociedade de Cannabis Quebequense (SQDC, em francês) abriu às 10 horas da manhã e os primeiros compradores acampavam ansiosos na frente da loja desde a noite anterior. Sebastian Bouzats, um francês de Bordeaux, diz ter ido ao Canadá "para viver a experiência e provar todos os sabores". "Todos os franceses vão vir para cá para fumar", brincou o turista. 
   "Esse é um grande dia para o Canadá e, para nosso negócio, é algo enorme", afirmou Jordan Sinclair, vice-presidente de comunicação da Canopy Growth, empresa que se instalou em Otawa e hoje emprega mais de 800 pessoas.
    Apesar do sucesso entre os consumidores, a recepção do mercado ficou abaixo do que era esperado. As principais empresas canadenses listadas na Bolsa de Nova York fecharam o dia em queda: Tilray (-6,40%), Canopy Growth (-4,38%) e Cronos (-7,55%). Além disso,  o ministro de Segurança Pública do Canadá, Ralph Goodale, afirmou que o governo apresentará projetos de lei para indultar pessoas que tenham sido condenadas por posse de maconha, número que pode passar dos 500 mil cidadãos.
    Apesar da reação decepcionante do mercado, espera-se um crescimento significativo nesse setor que ainda tem muito a ser explorado no país norte-americano. Estudos devem ser feitos para acompanhar a relação entre a descriminalização, o consumo e a violência no Canadá, a fim de servir como possível exemplo para outros países.



Felipe Melo, 24 de outubro.

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