Nesta segunda-feira (15), ao menos 58 palestinos foram mortos em confronto contra o exército israelense na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel. A mudança da embaixada norte-americana de Tel-Aviv para Jerusalém não agradou os palestinos que, sob comando do Hamas, organizaram o ataque contra Israel. Segundo o grupo, ao menos 2.700 pessoas ficaram feridas ontem ao tentar atravessar a cerca que separa a Faixa de Gaza de Israel. A Turquia responsabilizou Israel e os Estados Unidos pelo ocorrido, assim como a ONU exigiu o fim imediato das mortes em Gaza por disparos israelenses e a Anistia Internacional condenou o uso excessivo da força por parte dos soldados de Israel.
A decisão de Trump de mudar o local da embaixada norte-americana foi defendida pelo premiê israelense, ao afirmar que Jerusalém é a capital eterna e indivisível de Israel. Apesar disso, a mudança não agradou palestinos que consideram a Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado. Em entrevista ao Estado de São Paulo, o cônsul israelense em São Paulo, Dori Goren, afirma que o Hamas não é um grupo pacífico e que disparos foram feitos apenas contra aqueles que tentaram atravessar a cerca que limita Israel: "Sim. A resposta foi bem cirúrgica. Não há outra opção. A alternativa é deixar que eles passem. Não podemos correr esse risco", respondeu o cônsul ao ser questionado sobre as mortes de ontem. "Não é nossa escolha, mas não há alternativa [...] Tudo está sendo feito como provocação, para que Israel atire contra os palestinos e cause uma comoção mundial", explicou Goren.
Resta aguardar os próximos atos organizados pelo Hamas para vermos qual será a reação do exército israelense e a repercussão midiática que será gerada. O presidente norte-americano já se posicionou a favor do estabelecimento da paz na região.
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