Se
você acompanha os jornais e os programas de TV, deve ter notado uma onda de incêndios que estão levando patrimônios importantes do nosso país. O Museu da Língua Portuguesa,
Museu Nacional do Rio De Janeiro e os casarões do Centro Histórico de Salvador
foram alguns das vitimas do esquecimento.
Especificando
o caso do Museu Nacional do Rio de Janeiro, um incêndio de grandes proporções destruiu o maior museu de historia natural do país, levando mais de milhões de itens. A causa do incêndio ainda é
desconhecida e a policia federal continua investigando esse caso, mas o
Ministro da Cultura citou as hipóteses de curto circuito, o fogo se espalhou
rapidamente, pois boa parte do museu era feito de madeira.
O Museu, logo apos o incêndio, foi
verificado com situação irregular dos bombeiros, não possuía portas corta fogo,
não estava com seguro e possuía sinais de má conservação (como fios soltos,
cupins e paredes descascadas). Mas por que tudo isso estava acontecendo com um patrimônio tao importante e famoso? Uma reportagem do programa Bom Dia Brasil
mostrou que a instituição deveria receber o investimento de R$550 mil, mas ha
muito tempo, estava recebendo apenas 60% dessa verba, e muitas vezes, ate
menos. No dia que a tragedia aconteceu, o local já estava a mais de 3 anos com
a verba reduzida, a situação estava tão crítica, que o pessoal da faculdade
UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que cuida para que essa verba
chegue realmente ao museu, chegou a fazer uma “vaquinha virtual” para que as
pessoas pudessem ajudar na manutenção.
O patrimônio era de grande importância para a historia do Brasil, pois foi criado por D. João VI em 1818,
foi o local em que a princesa Leopoldina tinha se casado com D. Pedro I e
assinou a Declaração da Independência do Brasil em 1822. Alguns itens super
importantes também estavam expostos no Rio de Janeiro, como por exemplo o
cranio de Luzia (o fóssil de um ser humano mais antigo já encontrado), o trono
do Rei Daomé e Bendegó (o meteorito de 5 toneladas). Peças mais resistentes
foram salvas, como Bendegó, parte da coleção de zoologia e um cranio, que pode
ou não ser o de Luzia, mas as outras peças foram completamente destruídas, tudo
que estava no prédio principal foi completamente incendiado, juntamente com o
acervo mobiliário do 1° reinado e peças herdadas da família imperial.
MARIANA ROCHA.
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